Imagem com fundo azul e ícones representando deficiência visual, física, auditiva e intelectual

Cerca de 46 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência, seja ela motora, auditiva, visual ou intelectual, conforme dados do IBGE com base no último Censo realizado (2010). Estamos falando de cerca de 24% da população brasileira que busca acesso e oportunidades no mercado de trabalho. Aqui no PageGroup, nos dedicamos a incluir essas pessoas por meio da Page PCD, unidade de negócios do grupo especializada no recrutamento e seleção destes profissionais para vagas corporativas em todo território nacional.

Na Page PCD, ajudamos candidatos e empresas a se conectarem. "Nosso mindset é recolocar excelentes profissionais que, por coincidência, têm algum tipo de deficiência e não o contrário”, conta Isabel Pires, gerente da Page PCD.

"Existe uma carência muito grande no mercado para contratar pessoas com deficiência. As empresas nos perguntam sobre como fazemos para chegar nesses perfis mais qualificados que elas não conseguem. Do outro lado, os candidatos também nos acessam para dizer que estão se qualificando e melhorando suas habilidades, mas que o mercado ainda os enxerga para vagas operacionais”, explica Isabel.

O que diz a legislação brasileira

Há duas leis principais que regem os direitos das pessoas com deficiência: a Lei de Cotas (nº 8.213/91) e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI nº13.146/2015).

No Art. 93 da Lei de Cotas (nº 8.213/91), está disposto que empresas com 100 ou mais funcionários estão obrigadas a preencherem de 2% a 5% dos seus cargos com pessoas com deficiência, sejam elas visuais, auditivas, físicas, intelectuais ou múltiplas, na seguinte proporção:

  • 100 a 200 funcionários................ 2%
  • de 201 a 500 funcionários........... 3%
  • de 501 a 1000 funcionários......... 4%
  • a partir de 1001 funcionários....... 5%

 

Já a Lei Brasileira de Inclusão (LBI nº13.146/2015) é destinada a assegurar, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, como trabalho e profissionalização, promovendo sua inclusão social e cidadania. O capítulo VI da lei prevê especificamente o direito ao trabalho em ambiente acessível, de igual oportunidade e remuneração com os demais profissionais, vedada a discriminação em qualquer parte do processo de seleção, contratação, admissão, permanência no emprego e ascensão profissional.

Ambas as leis são instrumentos importantes para regular o mercado de trabalho, garantindo condições fundamentais e acesso a oportunidades a esses profissionais. Aqui na Page, a vocação do trabalho de recrutamento e seleção é conectar o profissional ideal com a oportunidade certa dentro de uma empresa, independentemente se a posição faz parte ou não da contagem da cota.

"Começamos o trabalho da PagePCD em 2009 e, de lá pra cá, o mercado vem se transformando bastante. Nossa missão é tentar tornar a vida dessas pessoas mais fácil a partir do momento que conhecem a Page PCD”, diz Isabel.

O profissional PCD e as oportunidades de trabalho

Na tentativa de conduzir suas carreiras sem fazer distinção e se protegerem de preconceitos, os profissionais com deficiência optam por não se identificarem em processos seletivos. “São profissionais que ficam camuflados. Normalmente não se declaram como pessoas com deficiência e não se candidatam às vagas especificamente PCD”, explica Isabel.

"Minha primeira entrevista mediada pela Page PCD foi na sede do Facebook, uma das maiores companhias do mundo. Eu me senti tão feliz naquele dia! Não só nesta experiência, mas de participar do processo seletivo de outras grandes empresas”, conta Gilvan Paulo de Santana, deficiente visual, que passou pela seleção com a PagePCD e atualmente é Gerente de Negócios na Telefônica Vivo.

"O profissional com alguma deficiência, assim como todos os outros, também está olhando para carreira, desenvolvimento, clima, equipe e gestão. Se ele sentir que faz parte disso tudo, vai querer construir uma carreira duradoura dentro da empresa”, conta Isabel Pires com base em seu trabalho nos últimos anos dentro da PagePCD.

“Já fui promovido e recebi prêmios de melhor vendedor da área. Tudo isso graças à Page ter visto meu potencial. Eu sei do meu valor como profissional, só que eu era um diamante escondido dentro da gaveta. A Page poliu esse diamante e colocou na sua vitrine. Isso me trouxe uma visibilidade muito importante para minha carreira. Até hoje sou procurado por outras empresas”, conta Gilvan.

De acordo com dados do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, a administração pública é o setor com menor cumprimento da cota para pessoas com deficiência com somente 11% de preenchimento das vagas disponíveis, enquanto os empregadores privados atingem o maior índice com 52%. Porém, no total das vagas apuradas, há um deficit de metade delas em aberto.

O mesmo levantamento mostra que o maior número de profissionais atuantes no mercado de trabalho formal, em empregadores obrigados ou não pela Lei nº 8.213, possuem deficiência física, ainda que a deficiência visual atinja a maior parte da população brasileira.

Tabela com o percentual de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

 

Gráfico em barras com o percentual de brasileiros com deficiência

 

Como inovar no recrutamento para PCD

“Boa parte do mercado de trabalho ainda é voltado a contratar pessoas com deficiência em cargos operacionais ou de entrada. Então, nós quebramos a cabeça para fazer algo diferente aqui na Page e criamos o PCD Lab, nosso formato inovador de seleção, em que conectamos profissionais extremamente qualificados com empresas em uma dinâmica totalmente diferente de seleção”, conta Isabel.

Para cada encontro acontecer, dedica-se um mês de trabalho para reunir profissionais e empresas que tenham o maior potencial de compatibilidade. O formato tem funcionado tão bem que temos contração em todas as edições do PCD Lab.

Em duas horas, os candidatos têm a oportunidade de se apresentarem para as empresas participantes em uma mesa redonda. "No dia que participei desse formato eram por volta de sete grandes empresas, dentre elas a Telefônica Vivo na qual eu trabalho hoje e sou muito feliz", conta Gilvan. A conversa informal e descontraída ajuda a revelar mais dos candidatos e aumenta a interação com as empresas.

“Com essa dinâmica, a possibilidade de recolocação é muito maior. Essa é uma das maneiras que encontramos de mostrar ao mercado que é possível contratar pessoas com deficiência em posições mais qualificadas”, finaliza Isabel.

Rumo à inclusão nas empresas

As empresas que desejam dar seus primeiros passos em direção a uma cultura organizacional inclusiva para pessoas com deficiência, ou mesmo aprimorar suas ações, deve atentar para os seguintes aspectos:

  • Promoção da acessibilidade nas empresas
  • Convênios com instituições de ensino com acessibilidade
  • Treinamento sobre diversidade e inclusão para toda empresa
  • Conscientização da liderança
  • Ações práticas de combate ao preconceito no ambiente de trabalho
  • Investimento em infraestrutura e tecnologia para receber os profissionais de maneira adequada
  • Adoção de um processo seletivo mais inclusivo para todas as oportunidades da companhia

 

Conheça mais sobre o trabalho da Page PCD.

Encontre as oportunidades abertas para profissionais na PagePCD.

iOS App Store logoAndroid Google Play logo