Banner com perfil de uma mulher com o escrito ao lado: "Women in Tech; Mulheres na Tecnologia"

Falar de diversidade em tecnologia é começar por gênero. Há 10-15 anos, a área era muito técnica, voltada ao suporte, hardware, rede, infraestrutura, servidor e operação. O escopo de tecnologia foi evoluindo ao longo dos anos até se tornar uma área mais estratégica e direcionada ao negócio. Isso foi despertando a atenção das mulheres como uma possibilidade de carreira ao mesmo tempo em que foram surgindo mais iniciativas para vencer o preconceito, fomentar a inclusão e promover o empoderamento feminino.

"O mercado de tecnologia é historicamente masculinizado e, por isso, sempre tivemos déficit de mulheres nas formações. A partir do momento que a mulher foi tendo mais voz e espaço no mercado de trabalho como um todo, houve também mais interesse na carreira de tecnologia. Além disso, o boom de tech se deve ao fato de haver muita vaga aberta e das empresas estarem se abrindo para a diversidade. Elas estão adotando políticas claras voltadas à mulher no ambiente de trabalho. Assédio, por exemplo, sempre foi uma questão velada e hoje ganhou voz e consequência. Mas ainda há muito a se fazer e desafios a superar”, conta Luana Castro, Gerente de Recrutamento para Tecnologia na Michael Page e Page Personnel.

Áreas de interesse para mulheres

"Vejo crescendo o número de candidatas nos processos seletivos, mas há uma escassez de profissionais de tecnologia como um todo. Trazer as mulheres para a área é uma forma de fomentar o próprio mercado. Hoje está mais acessível ingressar em um curso ou formação do que antes pela variedade disponível. É um mercado muito flexível quanto à formação com cursos técnicos”, conta Luana.

As mulheres têm demonstrado mais interesse em trabalhar nas áreas de produto, UI - design de interface do usuário, UX - experiência do usuário, atuando em squads - equipes multidisciplinares, gestão de projetos e testes. “A mulher tem se voltado para o refinamento da tecnologia, ao detalhe e qualidade da experiência, atuado com mais interação com pessoas e criatividade”, explica.

Por ser uma especialidade com muita oportunidade aberta em tecnologia, tem havido cada vez mais investimento para aumentar o número de mulheres formadas em programação e desenvolvimento web. "Elas programam, PrograMaria e outras dev communities oferecem cursos  e oficinas de programação para mulheres. É preciso superar o preconceito da mulher programadora, da mulher e a matemática etc. É superar o estigma de que determinada habilidade é mais de homem ou de mulher. Competência não é determinada por gênero”, alerta Luana.

A carreira em tech

  • Se você é prática, gosta de números e raciocínio lógico, procure saber mais sobre programação. Invista em uma boa formação técnica, depois procure por cursos de tecnologias específicas em alta.
  • Se você gosta de tecnologia por ser algo disruptivo, acredita no poder dela de transformar os negócios e usa metodologias ágeis, procure por cursos de produto, gestão de projeto e negócios em tecnologia.
  • Se você tem habilidade em áreas gerais e menos especialistas, gestão pode ser o caminho. A carreira em tech ainda tem poucas mulheres na liderança e isso é uma oportunidade para quem quer atuar com gestão de negócios, gestão de pessoas, criação de produtos e margem de negócio.

“Há cada vez mais mulheres mudando de carreira e migrando de outras áreas para a tecnologia. Existe muita coisa acontecendo em tech nesse momento, muito incentivo para especialidades com alta demanda de vagas. Por isso, a dica é procurar entender no que você se interessa de verdade, identificar porquê gosta de determinada área e aliar suas competências e pontos fortes às especialidades de tecnologia”, finaliza Luana.

Confira as vagas abertas em tecnologia:

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